REDUZINDO A CONTA DE ENERGIA ELÉTRICA

(Consumidores Industriais)

A crise de energia é permanente...

O consumo de energia elétrica no Brasil teve um crescimento médio de 6,72% nos últimos 35 anos. No período pós-crise, de 2002 a 2005, o crescimento médio foi de 4,91% ao ano. Historicamente, o consumo de energia elétrica, em taxas superiores às de crescimento do PIB vem se repetindo há cerca de 35 anos e deve se manter assim no futuro próximo. Os gráficos abaixo, elaborados com dados do Balanço Energético Nacional – BEN, mostram a evolução do consumo.

Evolução do consumo de energia elétrica

Variações do consumo de energia elétrica nos últimos 30 anos

Nos últimos 15 anos, tem sido crescente a expectativa de crise no setor energético brasileiro, em função da defasagem entre o crescimento da demanda e a necessidade de investimentos, que até então vinham sendo feitos somente pelo setor público. Com a privatização, viabilizam-se os investimentos do setor privado e tenta-se inverter essa tendência de crise. Os investimentos do setor privado em geração de energia elétrica ainda não estão acontecendo na velocidade desejada porque os investidores relutam diante das incertezas de retorno que ainda pairam sobre o mercado. Como todo o capital externo investido é em dólares, os investidores esperam a adoção de mecanismos de correção de tarifas que lhes dêem visibilidade de retorno dos investimentos, em dólares. Isso é natural, dado que as instituições financeiras internacionais não aprovam seus "finance projects" sem as garantias em dólares.  

Nos planos do governo brasileiro, a elevação do nível tarifário no suprimento é fundamental para a atratividade da atividade de geração de energia elétrica, incluindo-se nesta a autoprodução. A perspectiva de aumento da autoprodução, estimada em 9,7% ao ano, pode ser um indicativo de que, de fato, haja uma expectativa de crescimento das tarifas de suprimento. A própria separação das tarifas de geração e de transmissão pode trazer uma pressão de elevação dessa tarifa, na medida em que se procure manter um nível de rentabilidade compatível em cada um desses segmentos. De qualquer modo, qualquer elevação que haja deverá ser temporalmente gradual, como vem ocorrendo atualmente.

O ATUAL SISTEMA DE TARIFAS

Em 1993, a Lei n° 8.631 e o Decreto n° 774, que a regulamentou, estabeleceram a desequalização tarifária e a extinção da remuneração legal mínima de 10% sobre o investimento, vigente desde o Código de Águas, de 1934, fixando, a partir de então, o regime tarifário vigente.

Em função do atual regime de tarifas, cresce  o número de empresas que, por motivos de economia, optam pela contratação do fornecimento de energia elétrica pelo regime de tarifa horo-sazonal (tarifa azul e tarifa verde) e utilizam grupos geradores para o suprimento de energia elétrica nos horários de ponta, reduzindo seus custos com o consumo de energia elétrica. A autoprodução, portanto, vem crescendo por motivos de economia dos consumidores, que tem a possibilidade de gerar sua própria energia elétrica a partir do óleo Diesel.

O sistema horo-sazonal estabelece tarifas diferenciadas conforme abaixo:


Tarifa Azul

Tarifa Verde

Os valores variam de concessionária para concessionária, são reajustados periodicamente mediante resoluções da ANEEL, em função das condições dos contratos de concessão. Sobre as tarifas, incide o ICMS, calculado pela alíquota vigente em cada estado.

A contratação do regime de abastecimento numa das categorias da tarifa verde e a instalação de um grupo gerador para geração de energia nos horários de ponta, o qual pode suprir energia, também, nas ocorrências de interrupção do abastecimento pela concessionária, tem se mostrado como excelente alternativa de redução da fatura energética de muitas empresas. Em geral, a economia resultante pode chegar a mais de 30% da conta de energia elétrica, com a vantagem de eliminação das perdas de produção causadas por falta de energia.

Atualmente podem ser adquiridos sistemas totalmente automatizados, com tecnologia digital, capazes de efetuar a partida do(s) grupo(s) gerador(es) e a transferência das cargas sem interrupção do fornecimento de energia, nos horários programados ou nos casos de falha da rede da concessionária. Além de efetuarem a transição das cargas entre as fontes principal e emergência, estes sistemas são dotados de sofisticados controles eletrônicos que fazem a supervisão do funcionamento do motor Diesel e do alternador, mantendo registros das falhas porventura ocorridas e possibilitando que todo o processo seja integrado à rede de processamento de dados da empresa, de forma que a operação do sistema possa ser controlada por qualquer microcomputador integrante da rede.

Entre outras vantagens, os sistemas com tecnologia digital tem total proteção contra sobrecargas, em nível superior àquela propiciada por disjuntores termomagnéticos, e oferecem precisão de correção das variações de tensão e freqüência em torno de 0,5%, o que não é possível com a utilização dos sistemas convencionais.

Reduzir o consumo de energia, em todas as suas formas, passou a ser uma missão inadiável para todos!

Concluindo, se você pretende utilizar grupo(s) gerador(es) para gerar energia em horário de ponta, tenha em mente que o custo do combustível é o fator primordial para a redução da sua fatura. Motores Diesel com consumo específico elevado irão produzir energia mais cara.

Para mais informações sobre as tarifas no horário de ponta, leia o documento Consumo de energia no horário de ponta - tarifa horo-sazonal


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